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sexta-feira, novembro 22, 2024

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Mario Cuesta devolve gestão do iG a Nuno Vasconcellos

Segundo fonte do Portal dos Jornalistas, ao contrário do que ele afirma, empresa não está saneada Mario Cuesta, gestor do iG, teve uma reunião com os funcionários nessa segunda-feira (20/6) e disse que estava deixando a empresa e passando o comando novamente para Nuno Vasconcellos, o proprietário. Segundo ele, a consultoria para a qual foi contratado havia acabado e a empresa estava saneada, com geração de caixa para pagar as contas e pronta para ser levada ao mercado pela equipe de publicidade. Segundo fonte do Portal dos Jornalistas que há anos acompanha de perto o dia a dia do portal, não é verdade que ele deixa a empresa saneada: “Funcionários demitidos no corte de outubro, que tiveram suas rescisões e os depósitos atrasados no FGTS parcelados em até dez meses, estão sem receber as parcelas desde dezembro. Fornecedores também têm recorrido à Justiça para tentar receber. Funcionários que deixaram a empresa nos últimos meses chegaram a ter o parcelamento em até 24 meses”. Cuesta conseguiu nos seus sete meses de iG dois contratos publicitários com o Governo de Geraldo Alckmin (um sobre o Aedes aegyti e outro sobre segurança no trânsito, ambos abarcados na editoria iG Vigilante). Mas, segundo a fonte do Portal dos Jornalistas, “os anúncios tradicionais não decolaram. Além disso, passou a cobrar pelos e-mails, que nos 16 anos de história do iG foram gratuitos. A estratégia impactou na audiência, que tem encolhido rapidamente desde fevereiro”. O problema mais recente, informa ainda, “é que ele saiu três dias depois de autorizar a demissão da estagiária de Entretenimento que foi assediada sexualmente pelo cantor Biel. Quando o portal publicou a denúncia, duas semanas antes, uma das editoras executivas garantiu que a estudante teria todo o suporte. Não só foi demitida como está arcando com a assistência jurídica contra o cantor. Ao mercado, a empresa diz que demitiu a estagiária porque optou por profissionais mais experientes. No entanto, o iG está contratando neste momento mais quatro estagiários, que recebem uma ajuda de custo de R$ 1 mil. Atualmente, a redação do iG tem 24 jornalistas formados e 17 estagiários (sendo que duas vagas estão em fase de seleção)”. Desde 17/6, quando a estagiária de Entretenimento foi demitida, houve uma determinação interna de Cuesta para que não sejam mais publicadas matérias sobre o caso Biel. “Tudo isso”, conclui a fonte do Portal dos Jornalistas, “desmonta a tese de que o iG aposta em profissionais mais experientes e por isso teria cortado a estudante do caso Biel (que durante as denúncias foi tratada pelo portal como jornalista já formada)”. Confira a seguir mais informações sobre esse caso. Mulheres jornalistas protestam contra demissão de repórter do iG vítima de assédio sexual… Apenas duas semanas após ter denunciado o cantor Biel por assédio sexual durante entrevista, a repórter estagiária do iG foi dispensada da empresa. O motivo, de acordo com comunicado interno que ganhou a rede, seria uma “seniorização” da redação. Deborah Bresser – ex-editora de Moda do portal – desabafou em seu blog: “Estão achando que a gente é imbecil? Fazfavô né? É inacreditável que o iG tenha feito isso. É um tiro no pé. Tudo o que a reputação do portal moribundo melhorou ao se declarar a favor do processo contra o cantorzinho caiu por terra. De quem partiu a ordem da demissão nunca saberemos. Veio do RH. Aham… me engana que eu gosto…”. Espontaneamente, jornalistas mulheres se uniram via redes sociais, criaram um canal no Youtube e lançaram a campanha #JornalistasContraoAssédio. Em vídeos curtos, assinados por dezenas de profissionais, manifestam seu apoio à jovem de 21 anos e resumem suas experiências de assédio no exercício da profissão. O mote é: “Mexeu com uma, mexeu com todas”.  

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