Morreu em 11/12, aos 63 anos, vítima de um câncer no fígado, o professor de Comunicação Social da UFC Agostinho Gósson. Várias foram as homenagens a ele nas redes sociais. Figura adorada por quem com ele convivia nos corredores do campus do Benfica, era jornalista apaixonado e mestre exigente. “Hoje o mundo acordou com a sensação de que um dos nossos pássaros mais raros levantou voo”, disse a professora Glória Diógenes, sua colega da UFC. “Agostinho Gósson fazia daquela pequena salinha da FM Universitária um espaço-mundo. Guiados por um jornalismo de inteireza e ternura, cada programa era uma experiência de se recriar nas ondas do rádio fatos, tensões e sensações. Ser recebida por ele, ter seu abraço, sua empatia era tão bom! Sempre, sempre gostei dele como se soubesse que éramos da mesma família, da mesma confraria, mesmo que de longe. Anúsia foi minha professora por duas vezes e eu também a trago num lugarzinho quente do meu coração. Vai pássaro iluminado e abraça teu filho e todos os seres livres e belos que lá habitam”. O professor Ronaldo Salgado escreveu: “Tudo que puder ser dito sobre Agostinho Gósson, na mais ampla verdade, é pouco ante a magnitude do ser humano que ele é! Eu não perdi um amigo; perdi um irmão querido, um companheiro que sabia como ninguém exercer a amizade e o amor como imperativos da vida. Um profissional jornalista que, em essência, entregava-se ao ofício como quem se entrega à verdade da existência humana. Ética era intrínseca a ele; fidedignidade à condição fraterna, um imperativo! O homem, o profissional, o pai, o ser humano era um único. Síntese da mais perfeita humildade humana. Fui secretário geral quando da gestão dele na Presidência do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará; aprendi muito. Sobretudo a respeitar o outro; a aceitar as diferenças. A compreender a vida nos mínimos detalhes da simples condição humana. Ele certamente faz falta a todos. O meu amor por ele, entanto, não se apaga. É farol de vida abastecido pelo exemplo e pelo legado que ele nos deixa!”. Natural de São Paulo e filho de pais cearenses, Agostinho tomou o rumo de volta a Fortaleza no final da década de 1970. Em 2012, recebeu o título de cidadão cearense pela Assembleia Legislativa. Presidiu a Associação Cearense de Imprensa (ACI), a Rádio Universitária, o Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Ele deixa a esposa Annuzia Gósson.