Morreu nesta sexta-feira (11/3) o repórter fotográfico Orlando Brito, aos 72 anos, em Brasília. Em estava internado desde fevereiro no Hospital Regional de Taguatinga, no Distrito Federal, e faleceu por complicações decorrentes de uma cirurgia no intestino. Separado, deixa a filha, Carolina, e dois netos, Theo e Thomas.
Ícone do fotojornalismo brasileiro, Orlando iniciou a carreira como laborista no jornal Última Hora, em 1964, aos 14 anos. Depois, foi repórter fotográfico e editor de fotografia, em passagens por O Globo, Jornal do Brasil, Caras e Veja. É o criador da agência de notícias Obrito News.
Nessa trajetória, fotografou presidentes, políticos e outras personalidades do poder, contando por meio de imagens a história política do Brasil. O primeiro presidente que fotografou foi Castelo Branco. O último, Jair Bolsonaro.
Também fotografou cidadãos comuns, indígenas e personalidades do mundo esportivo e cultural, tendo viajado para mais de 60 países. Acompanhou Copas do Mundo de futebol e Jogos Olímpicos.
Em 1979, ainda em O Globo, venceu o World Press Photo Prize do Museu Van Gogh, de Amsterdã, na Holanda, o mais prestigiado prêmio de fotojornalismo do mundo, sendo o primeiro brasileiro a conseguir tal feito. Ele ficou em primeiro lugar na categoria Sequências, com a sucessão de fotos Uma missão fatal, sobre um exercício militar. Confira o trabalho aqui.
Após vencer 11 vezes o Prêmio Abril de Fotografia, Orlando foi considerado hors concours. É autor de seis livros sobre fotografia, como Poder, Glória e Solidão, que retrata episódios e personalidades da história política brasileira.
No final do mês passado, o Brasil perdeu outro repórter fotográfico de renome, Dida Sampaio, que morreu no Distrito Federal, aos 52 anos. Ele teve um Acidente Vascular Cerebral e estava internado em um hospital particular de Brasília, mas não resistiu.