Morreu na segunda-feira (24/8), em Aparecida de Goiânia, Washington Novaes, aos 86 anos, por complicações de uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino.
Pioneiro na cobertura de temas relacionados a Meio Ambiente e povos indígenas, Washington trabalhou nos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo, na revista Veja, nas Rede Bandeirantes, TV Cultura e TV Globo, nesta como editor do Jornal Nacional.
Ganhou em 1992 o Esso Especial de Ecologia e Meio Ambiente por artigos sobre a Eco-92, publicados no Jornal do Brasil, e a medalha de prata no Festival de Cinema e TV de Nova Iorque, em 1982, pela direção do documentário Amazonas, a Pátria e a Água, que foi ao ar no Globo Repórter. Sua série documental Xingu − A Terra Mágica foi premiada em Cuba e Coreia do Sul, e foi selecionada para a Sala especial da Bienal de Veneza, em 1986.
Pedro Novaes, cineasta e filho de Washington, declarou ao Estadão que ele e seu irmão ficaram “órfãos de um pai extremamente generoso, mas acho que também muita gente fica órfã de uma referência para o jornalismo brasileiro, um pioneiro do jornalismo ambiental, que trouxe para a grande comunicação as pautas ambiental e da defesa dos povos indígenas. Espero que nesse momento trágico que a gente está vivendo em todos os sentidos − político, social, sanitário, ambiental e para os povos indígenas – que o exemplo dele possa, de alguma forma, guiar a gente um pouco nessa reconstrução do nosso País”.