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quarta-feira, novembro 27, 2024

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Amaury Ribeiro Jr. põe o tucanato em xeque

Nitroglicerina pura, por denunciar, detalhar e documentar operações ilegais envolvendo o ex-governador José Serra, seus familiares e outros integrantes da cúpula do PSDB, o livro Privataria Tucana (Geração Editorial), de Amaury Ribeiro Jr., esgotou no dia de lançamento (9/12) os dez mil exemplares postos à venda. E vem aí com uma 2ª edição turbinada por mais 50 mil exemplares, quase todos, segundo a editora, já reservados. O fenômeno de vendas não recebeu qualquer ajuda da grande imprensa, que praticamente ignorou o lançamento, dedicando a ele apenas notas periféricas. As exceções foram a revista CartaCapital, que mergulhou de cabeça no assunto, abrindo capa para a obra e seu autor; o Jornal da Record News, com uma entrevista de meia hora comandada por Heródoto Barbeiro, nesta 2ª.feira (12/12); e a Record, que acabou entrando na cobertura apenas nesta 3ª.feira (13/12). Amaury é repórter especial da Record e tem contrato até meados de 2015, mas lembra que o conteúdo do livro antecede sua contratação pela emissora e que tanto Record News quanto Record o procuraram espontaneamente. Exposto, com Luiz Lanzetta, durante a campanha presidencial no ano passado, por um possível envolvimento num grupo de inteligência e arapongagem montado pelo PT para atuar contra a candidatura tucana, Amaury resguardou-se dos múltiplos ataques da época para contra-atacar com o livro que agora lança e que é fruto de dez anos de investigações jornalísticas no Brasil e no exterior. Por esse trabalho tem sido chamado por entidades de toda a América Latina para falar de lavagem de dinheiro e de crime organizado, casos de Peru, Colômbia e México. Desde que lançou o livro, já contabilizou cerca de 150 pedidos de entrevistas de pequenos órgãos de imprensa de todo o Brasil ? e, exceção aos anteriormente citados, de nenhum órgão da chamada grande imprensa, que decidiu guardar sobre ele e a obra um silêncio e um afastamento explícitos. Nas redes sociais, no entanto, o assunto é destaque já há vários dias, alimentado por comentários, entre outros, de Bob Fernandes, Maria Inês Nassif, Luciano Martins Costa, Alberto Dines e Luiz Nassif, todos questionando duramente o silêncio da mídia e o tratamento desigual que ela estaria dando às denúncias. Lanzetta, a propósito, hoje atuando em atividade fora da comunicação, tamanho foi o estrago que as denúncias fizeram em sua vida, escreveu a Nassif a seguinte mensagem (postada no blog):?Caro, li hoje (13/12) no Estadão que eu era um assíduo frequentador do escritório do Fernando Pimentel. E que também fui defenestrado na campanha, acusado de tentar montar dossiês contra o Serra. Como eu trabalhava para o Pimentel, é um grande furo de reportagem eu ter encontrado com ele, num lugar de trabalho oficial. No caso dos dossiês, desde o primeiro minuto falei que existia um livro sendo preparado pelo jornalista Amaury Ribeiro. Esta informação foi solenemente desprezada em prol de alucinações jornalísticas acerca de arapongagens nunca constatadas. Pois bem, com o livro do Amaury finalmente esgotando nas livrarias, tenho direito de pedir, neste momento, que a imprensa pelo menos considere a minha informação inicial: existe um livro!?.

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