Esta 3ª.feira (4/12) foi agitada em O Dia. Depois de a redação passar incólume pelas demissões na área administrativa, os cortes ali chegaram. Sob o argumento de um ajuste na folha de pagamento, foram eliminadas sete vagas e feitas cinco substituições. Não chegou a ser um corte profundo, como alguns temiam, mas marcou os que ficaram por ter atingido o aquário e aqueles com mais tempo de casa. Saiu Henrique Freitas, editor-chefe do Meia Hora, e seu posto será acumulado por Humberto Tziolas, cuja responsabilidade havia sido diminuída com a extinção do Marca impresso (foi mantida a versão online). Elaine Gaglianone, editora de Produção, foi substituída por Alexandre Medeiros, ex-JB e que também já foi de O Dia, e será agora o responsável pela edição final de Rio. Saíram quatro repórteres – Otávio Leite e Élcio Braga, do Esporte, e dois do Caderno Baixada – e dois diagramadores. Não se mexeu em Rio, Saúde e Mundo, Economia nem no Caderno D. Corre a notícia de que esta rearrumação pode trazer promoções em futuro próximo e, principalmente, um redesenho do Meia Hora. Um assunto comentado era a proposta de que os demitidos recebessem os valores referentes à rescisão em dez parcelas mensais. Este acordo fora aceito pelas 68 pessoas atingidas nas últimas demissões, orientadas pelo Sindicato dos Administradores. Desta vez, o Sindicato dos Jornalistas publicou nota em seu site http://jornalistas.org.br, repudiando a proposta e afirmando que o Departamento Jurídico estuda as medidas cabíveis contra o parcelamento. Ocorre que a empresa havia encaminhado ao Sindicato, com antecedência, um pedido para que não recusasse o parcelamento para quem o aceitasse. Na hora em que foram comunicados da demissão, a empresa propôs a cada um a assinatura do contrato de parcelamento, e informou que, caso não concordassem, poderiam contar com o apoio do Jurídico do Sindicato para reivindicar na Justiça o pagamento único. Ao contrário do que ocorreu com o pessoal administrativo, os jornalistas demitidos reagiram com indignação, por acreditar que o papel do Sindicato seria lutar para que a empresa pagasse as dívidas trabalhistas na forma da lei desde o momento em que tomou conhecimento da proposta, mas não o fez. De qualquer modo, há sinais de encolhimento de O Dia, para se adequar ao novo formato, como a devolução de meio andar no prédio em que está instalado; a extinção do Departamento de Marketing, que foi assumido por Mercado Leitor; a redução de pessoal em todas as áreas. Mas nunca houve atraso nos salários. O planejamento para 2013 prevê o crescimento de 30%, e espera-se que as mudanças recentes venham a trazer um resultado positivo para o jornal.