O Globo e Folha de S.Paulo conquistam três prêmios cada um. Comissão julgadora se manifesta sobre a questão das biografias Com a reportagem Os arquivos secretos do coronel do DOI-CODI, publicada em Zero Hora, José Luís Costa, Humberto Trezzi, Marcelo Perrone e Nilson Mariano conquistaram o Prêmio Esso de Jornalismo deste ano, no valor de R$ 30 mil. Embora não tenha ganhado o prêmio principal, O Globo foi o principal contemplado, com três das premiações nacionais. A Folha de S.Paulo leva dois prêmios nacionais, além do prêmio honorífico Melhor Contribuição à Imprensa, pelo projeto Folha Transparência, que dividiu com a Revista de Jornalismo ESPM, edição brasileira da Columbia Journalism Review. Em sua 58ª edição, o concurso distribuiu um total bruto de R$ 112 mil. A seguir, os vencedores: Telejornalismo (R$ 20 mil) coube a Luiz Carlos Azenha e equipe, da Rede Record, com As crianças e a tortura. O prêmio de Reportagem (R$ 10 mil) foi para Roberto Kaz, José Casado e Glenn Greenwald, por Na mira dos EUA, publicado em O Globo. E Fotografia (R$ 10 mil), para Victor Dragonetti, o Drago, com PM ferido afasta agressores, da Folha de S.Paulo. Informação econômica, Demétrio Weber, de O Globo; Informação científica, tecnológica ou ambiental, Miriam Leitão e Sebastião Salgado, também de O Globo; Educação, Érica Fraga, da Folha de S.Paulo; Primeira página, Carlos Marcelo Carvalho e equipe, do Estado de Minas; Criação gráfica jornal, Amaurício Cortez e equipe, de O Povo, de Fortaleza (também vencedor da categoria Imagem-Criação Gráfica do Prêmio J&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade); Criação gráfica revista, Rafael Quick e equipe, da Superinteressante. Norte/Nordeste, Bruno Albertim, do Jornal do Commercio, de Recife; Centro-Oeste, Ana Maria Campos e Lilian Tahan, do Correio Braziliense; Sul, Rogério Galindo e equipe, da Gazeta do Povo, de Curitiba; Sudeste, Luiza Villaméa, da revista Brasileiros. A comissão que julgou os 50 finalistas foi composta por Marcos Emílio Gomes, José Márcio Mendonça, Kristina Michahelles, Matinas Suzuki e Ricardo Setti. Eles divulgaram uma declaração sobre o tema polêmico das biografias: “Nós, jornalistas integrantes da Comissão de Premiação do Prêmio Esso 2013, manifestamos nosso repúdio a itens da legislação do País que, contrariando a Constituição, restringem a liberdade de informação ao criar obstáculos à feitura de biografias não autorizadas. Consideramos as biografias produzidas com ampla liberdade e a consequente responsabilidade parte do direito dos brasileiros à própria história”. Ao todo, 87 jurados participaram das diversas etapas de seleção. A Comissão de Premiação de Telejornalismo foi formada por Antonio Brasil, Denise Lilenbaum e Flavia Rua, e uma comissão especial elegeu a melhor fotografia. A cerimônia de premiação será no dia 4 de dezembro, durante um jantar no Rio.