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domingo, novembro 24, 2024

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O coronavírus e os veículos de comunicação – XIX

Abracom define protocolos de retomada para agências

A Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) anunciou em 9/7 os protocolos de retomada para a reocupação dos escritórios de suas agências associadas. A orientação geral é de que a retomada seja lenta, gradual e baseada em etapas progressivas, com medidas constantes de higienização, espaçamento entre mesas e escalonamento de equipes e horários.

Segundo a entidade, ainda na primeira semana das medidas restritivas, 91% dos trabalhadores do setor já estavam em home office, chegando a 100% do efetivo na semana seguinte. “Com uso intensivo de tecnologia, organização do fluxo de trabalho e engajamento das equipes, as agências associadas Abracom mostraram capacidade de manter seus profissionais protegidos do contágio no ambiente de trabalho ou em atividades profissionais”, destacou a associação em nota.

Pesquisa realizada em 2 e 3/7 apontou que 36% das empresas pretendem reocupar seus escritórios somente após a liberação geral das atividades econômicas nas cidades onde estão situadas. Em 18,4% dos casos, o intuito é retomar já a partir de 1º/8, enquanto 17,3% marcaram o retorno para setembro, 13,3% para outubro, e 10,7% não pretendem reocupar as estações de trabalho antes de 2021. Juntas, as associadas empregam mais 15 mil profissionais em todo o País.

Confira no Portal dos Jornalistas as orientações emitidas pela entidade.

E mais…

A Latam Intersect PR está fazendo uma pesquisa para tentar entender como jornalistas e profissionais de comunicação enfrentam a crise da Covid-19. Segundo a agência, as respostas serão anônimas. O questionário está no link A imprensa e o impacto da Covid-19.

O projeto Bora Testar, criado pelas agências Outdoor Social, Alchemy Strategy e Latam Intersect PR, vai levar testes de Covid-19 para favelas de todo o País. A primeira fase da campanha atenderá a oito comunidades em São Paulo e Rio de Janeiro.

As equipes que aplicarão os testes serão formadas por profissionais de saúde e moradores locais que portarão termômetros e oxímetros. É possível fazer doações em qualquer valor acima de R$ 10 na plataforma de arrecadação do projeto.

Mauro Teixeira

Mauro Teixeira, que dirige as áreas de comunicação financeira e advocacy da LLYC e que se tem dedicado em especial à gestão de reputação para situações de recuperação judicial das companhias, sobretudo por causa da gravidade da pandemia, publicou artigo sobre o tema no Linkedin. Interessados podem conferir a íntegra aqui.

Internacional

LLYC identifica desafios-chave dos CMOs na pandemia

A consultoria LLYC está divulgando seu novo levantamento que mostra a nova realidade que os profissionais de marketing e suas organizações enfrentam após a irrupção da Covid-19. Realizado no período de 21/5 a 5/6, com a participação dos responsáveis pelo marketing de empresas líderes em dez mercados (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal, Panamá, Peru e República Dominicana), o estudo teve como objetivo identificar os desafios-chave dos CMOs. Os principais são:

A maioria das empresas participantes optou por promover publicidade, ofertas e promoções em seus próprios canais e mídias digitais e de terceiros. As relações públicas tiveram sua prioridade aumentada e o marketing de influenciadores foi mantido. As demais ações publicitárias foram contidas ou paralisadas, buscando priorizar aquelas com uma relação mais positiva entre o lucro por venda e seu custo direto, a fim de cuidar da saúde financeira e do fluxo de caixa.

A experiência geral do consumidor e o aumento da segurança e da confiança em todas e cada uma de suas fases torna-se um desafio-chave para CMOs das organizações. Fortalecer o atendimento ao cliente e apostar em certificações de segurança e qualidade são as ações de maior prioridade para superar esse desafio.

O surgimento da crise da saúde reforçou ainda mais a aposta por uma empresa com propósito. Entre os propósitos mais proeminentes, estão: a preocupação com a segurança pessoal, a convivência e a sensibilidade em relação ao respeito e aos cuidados com os idosos – grupo populacional que mais sofreu com a pandemia.

A pandemia vivida é percebida pelo CMO e suas organizações como um catalisador para o desenvolvimento e promoção de uma cultura empresarial mais colaborativa entre as áreas, com agilidade na detecção e superação de desafios e focada na experiência e comunicação com o cliente.

O relatório completo pode ser baixado por aqui.

Outras iniciativas

Pesquisa evidencia a precarização do trabalho de jornalistas na pandemia

Os resultados da pesquisa Como trabalham os comunicadores em tempos de pandemia da Covid-19?, realizada pelo Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da ECA-USP, indicam que a crise aumentou a insegurança dos profissionais. O levantamento contou com a colaboração de 557 participantes de todo o País, sendo um de Portugal, que responderam de maneira remota, entre 5 e 30 de abril, o questionário formulado pelo grupo científico.

O estudo mostra que a situação de precarização do trabalho, em especial dos jornalistas, agravou-se e tornou-se ainda mais evidente com as condições impostas pela Covid-19. Entre os resultados que despontaram estão o aumento da jornada de trabalho e a intensificação da atividade, com uso de equipamentos dos próprios trabalhadores, que ainda têm de cuidar da manutenção e assumir os custos dessa infraestrutura, muitas vezes montada em virtude justamente da situação gerada pelo novo coronavírus.

“A pandemia da Covid-19 encontra o setor da comunicação em profunda crise, com um quadro bastante dramático para o mundo do trabalho dos comunicadores: demissões, contratos precários, rebaixamento salarial, densificação do trabalho, todo tipo de estresse, além do quadro de incertezas sobre o futuro”, diz Roseli Figaro, coordenadora do CPCT.

Outras questões que emergiram foram a utilização elevada das plataformas e aplicativos no processo produtivo para a organização, o controle da gestão do trabalho, da rotina laboral (que acaba dividida, com muitas dificuldades, entre os cuidados com a casa e os filhos) e do fluxo de informação.

A desilusão com o futuro fica bastante evidente nos depoimentos dados pelos profissionais. Aparecem a incerteza e a preocupação com a manutenção dos trabalhos, de se contaminarem e transmitirem o vírus à família, além do receio dos serviços de saúde públicos e privados não darem conta de tratar dos pacientes infectados e, pior, o temor de morrerem em virtude da Covid-19.

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