*Por Katia Moraes
Depois de cinco anos fora, Octávio Costa, que teve passagens pelas principais redações do País, está de volta ao comando da IstoÉ em Brasília. Ele assumiu o cargo em 2/10, após a saída de Ilimar Franco (ex-O Globo) depois de apenas dois meses na direção da revista, em substituição a Débora Bergamasco, que seguiu para Época. Octávio falou a J&Cia sobre o retorno à publicação e a Brasília. Segundo ele, fazendo as contas, já somam dez anos em IstoÉ, “o que também pesou na decisão de retomar ao cargo”.
Portal dos Jornalistas – Como é estar de volta à Capital e ao comando da IstoÉ?
Octávio Costa – Estive fora por cinco anos. Na verdade, saí daqui em 2012, voltei para o Rio, minha terra, para tocar o Brasil Econômico, projeto que infelizmente acabou em 2015. De lá para cá, tive uma breve passagem pelo BNDES, e depois fiquei em casa mesmo, época em que fiz uma pós-graduação em Direito do Trabalho. Minha área de formação é Direito, embora nunca tenha exercido.
Portal dos Jornalistas – E o que o fez aceitar o convite para retomar ao posto na revista?
Octávio – Para mim também foi uma surpresa total, tenho grande consideração pela IstoÉ e pelo Ilimar, por todos os anos que por aqui permaneci. Fazendo as contas, já somam uns dez anos de trabalho por aqui, equiparando ao tempo do JB. Pesou muito, demais, na minha decisão, além da consideração pela revista e os amigos que fiz por aqui, o fato de reassumir a IstoÉ num momento extremamente importante para o País, sobretudo por causa das eleições do próximo ano. Participar ativamente desse momento em que o eleitor irá decidir o rumo do País, para mim, é de muita valia. E vou ficar na ponte aérea, pois minha família permanece no Rio. Já estou nos meus 67 anos, mas acho que ainda tenho algum carvão pra queimar. (risos).
Octávio atuou como repórter de Economia em O Globo, na Veja, onde também foi subeditor, e no JB. Deixou as redações para tornar-se diretor regional da Bolsa de Valores do Rio em SP. Em 1982, de volta ao jornalismo, assumiu a editoria de Finanças da revista Exame. Ocupou o cargo até 1987, quando foi para a Bovespa, como assessor de imprensa. Três anos depois, em 1990, assumiu a direção da Agência JB. Ficou no cargo até 1993. De lá, até 1996, foi chefe da sucursal da IstoÉ no Rio de Janeiro e também editor de Economia da revista. Foi para editoria executiva da revista Manchete, e retornou ao JB, nas funções de editor, editor executivo e diretor da sucursal em Brasília. Foi ainda diretor da revista Forbes Brasil. Assessorou o ministro Edson Vidigal, presidente do STJ, e em seguida, chefiou a Assessoria de Comunicação do órgão. Em 2006, assumiu a direção da IstoÉ Dinheiro em Brasília, até voltar para o Rio, como diretor adjunto do Brasil Econômico, e, em seguida, como editor-chefe da publicação.