O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou em 27/5 resolução em que pede maior proteção para os jornalistas em zonas de conflito. Em nota publicada pela ONU, o vice-secretário-geral, Jan Eliasson, diz ter observado o aumento preocupante do número de jornalistas mortos desde 2006 e a tendência dos grupos terroristas e criminosos de usá-los como alvos ou ameaçá-los. De acordo com ele, 90% dos casos de crimes contra a categoria ficam impunes. “Os assassinatos recentes têm recebido ampla atenção em todo o mundo, incluindo a morte brutal de representantes da mídia ocidental na Síria. No entanto, não devemos esquecer que 95% dos assassinatos em conflitos armados envolvem profissionais locais, que recebem menos cobertura da mídia”, disse Eliasson, que também cobrou dos Estados maior compromisso na condenação de assassinos dos jornalistas em situações de conflito, organização de debates sobre sua proteção, incentivo a missões do Conselho de Segurança para averiguar as condições de trabalho dos profissionais de mídia e garantias de que a liberdade de expressão. Adotada por unanimidade, a resolução convoca os Estados a tomarem medidas adequadas que assegurem responsabilização dos atentados cometidos contra profissionais da mídia e equipe associada em situações de conflito armado. Outro destaque no documento está na necessidade de mais cooperação internacional neste domínio e o compromisso de recolher, no âmbito dos mandatos das missões de paz da ONU, informações sobre a violência contra a imprensa.