Com o objetivo de aportar no rádio brasileiro, a CNN Brasil fechou acordo com a Transamérica FM (100.1 FM em São Paulo, Brasília e Salvador). A informação é de Ricardo Feltrin (UOL), que já havia previsto no mês passado que a emissora iria lançar um projeto em rádio. Segundo o colunista do UOL, a CNN vai assumir toda a programação jornalística da Transamérica, que deve mudar de perfil com a nova parceira. A estreia está prevista para outubro.
A CNN lançará a CNN Rádio, que terá cerca de sete horas diárias na grade da Transamérica FM. A primeira faixa será das 6h às 12h, e a segunda, das 18h30 às 19h30, além de boletins durante a programação. Segundo Feltrin, o acordo garante transmissão de conteúdo da CNN para 200 cidades do País. Todo o elenco da TV estará na programação da rádio.
O BuzzFeed Brasil anunciou nessa segunda-feira (31/8) o fim de sua operação de notícias, o BuzzFeed News. O serviço havia sido lançado em maio de 2016. Segundo comunicado assinado por Graciliano Rocha, editor do serviço, “a decisão de descontinuidade da operação foi tomada no curso deste ano e é um efeito direto da crise econômica desencadeada pela pandemia global”.
Apesar da decisão, as demais franquias da marca no País nas áreas de entretenimento (BuzzFeed Brasil) e gastronomia (Tasty Demais) continuam suas atividades sem interrupções. O BuzzFeed News em inglês também segue normalmente.
“Sempre buscamos estar à altura da confiança que nos foi depositada pelos leitores e leitoras. Esta foi nossa razão de existir e o que guiou nossas decisões desde o começo. Jornalismo é uma atividade essencial em uma democracia e seu pleno exercício, tal como o concebemos, pressupõe independência editorial em relação a governos, partidos e interesses político-ideológicos. Mantivemo-nos fiéis a este compromisso”, completa Graciliano.
O Canal Rural lança em em 12/9 o Canal do Criador, com conteúdo 24 horas por dia sobre negócios em pecuária. O projeto será multiplataforma, oferecendo informações sobre produção de carne, práticas de preservação e segurança alimentar em TV e web.
A estreia será com um leilão em comemoração aos 30 anos do Elo de Raça, realizado em Uberaba (MG). A programação do Canal do Criador terá leilões, cotações, meteorologia, notícias, informações de negócios em telas simultâneas, entrevistas, boletins e programas exclusivos com foco em valorizar a imagem e o trabalho dos pecuaristas brasileiros.
Júlio Cargnino, presidente do Canal Rural e agora do Canal do Criador, destacou a parceria com operadoras como StarOne e Sky, com o objetivo de que informações sobre a pecuária cheguem a todas as regiões do País. O Canal do Criador estará disponível no canal 166 da Sky, no site www.canaldocriador.com.br, e no Instagram @canaldocriador.
Em eleição virtual, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) elegeu Flávio Lara Resende, diretor-geral do Grupo Bandeirantes, para a presidência da entidade no biênio 2020-2022. Roberto Cervo Melão, presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), foi eleito vice-presidente.
Entre as metas de sua gestão, Flávio destacou a continuidade da agenda estratégica da Abert, priorizando a redução da assimetria regulatória e a inclusão definitiva do setor em projetos com foco em inovação e tecnologia. Ele substitui a Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, que comandou a entidade entre 2016 e 2020.
Nascido em Belo Horizonte, Flávio é advogado e jornalista, com pós-graduação em Administração Financeira e MBA em Finanças. Além de diretor geral do Grupo Bandeirantes; é presidente da Associação dos Veículos de Comunicação do Distrito Federal (Avec/DF) desde 2010; participa do Conselho Superior da Abert desde 2015; e é vice-presidente da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR).
Sindicatos de jornalistas de estados e municípios em que a RedeTV está presente uniram-se para denunciar a emissora por utilizar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda para reduzir o salário de seus funcionários. O programa foi criado para ajudar setores penalizados pelos impactos econômicos da pandemia, mas, segundo os sindicatos, o setor de rádio e televisão não se encaixa no programa, uma vez que a audiência e insertes publicitários teriam aumentado nesse período. A RedeTV é a única grande emissora de TV a adotar nacionalmente o programa do governo.
Segundo as entidades, empregados da RedeTV têm sido chamados para assinar contratos individuais de redução de salário, sob pena de serem demitidos. Aqueles que resistiram foram desligados da emissora. Nos termos repassados aos funcionários, está escrito: “Cláusula 1ª – Este aditivo decorre de expressa manifestação de vontade do (a) EMPREGADO (A) em prorrogar por mais 60 (sessenta) dias o 1º aditivo (do acordo individual) iniciado em 24/07/2020 para redução proporcional de salário e jornada (diária ou semanal) em 25% (vinte e cinco por cento), preservado o valor do salário hora de trabalho”.
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) enviou ofício à emissora em que destaca “o absurdo de penalizar os funcionários e suas famílias com a redução de salário em um momento de pandemia”. Segundo o SJSP, a emissora tem dinheiro para fazer vários investimentos, como a renovação do contrato do apresentador Sikêra Jr., a contratação de Luís Ernesto Lacombe e o interesse em adquirir os direitos de transmissão da Copa Libertadores da América, mas alega não ter verba para depositar o FGTS ou pagar o PPR, por exemplo. (Saiba+)
As denúncias tem como alvo Daniela Falcão, diretora-geral da joint venture entre o Grupo Globo e a editora internacional Condé Nast, responsável pela publicação no Brasil das revistas Vogue, Glamour, GQ e Casa Vogue.
O texto é de Chico Felitti, que recentemente postou um relato nas redes sociais sobre uma contribuição editorial que fez para a Glamour em 2019 e só depois publicada descobriu tratar-se de conteúdo publicitário. Segundo Chico, após as criticas viralizarem, ele passou a ser procurado por ex-funcionários com os relatos de assédio que deram origem a reportagem atual.
No total, ele ouviu entre julho e agosto 27 pessoas que passaram pelo grupo e relataram uma cultura tóxica arraigada na editora. Feliti destaca em trecho da reportagem: “Conhecida por sua ética de trabalho incansável, seu perfeccionismo implacável e estilo de microgestão, Daniela Falcão é principal responsável pela cultura trabalhista da Globo Condé Nast, disseram os ex-funcionários ouvidos pelo BuzzFeed News, e mais de um deles a comparou à editora que ganhou vida na interpretação de Meryl Streep no filme O Diabo Veste Prada (2006)”,.
Entre as principais denúncias, estão situações de abuso, gritos e xingamentos, muitas vezes durante jornadas de 24 horas ininterruptas de trabalho, além de casos recorrentes de colaboradores que tinham de assumir funções profissionais que fugiam aos seus contratos sem receber nada por isso.
Mônica Salgado
Dentre os entrevistados, destaque para o relato de Mônica Salgado, que chegou a ser redatora-chefe da Vogue e lançou em 2012 a versão brasileira da revista Glamour. Ela dirigiu a revista por cinco anos, até se desligar da Globo Condé Nast, em março de 2017, um ano após passar a se reportar a Daniela Falcão.
A jornalista fez coro a reclamação de outros entrevistados, que alegaram que denúncias à diretoria do grupo ou ao RH eram inúteis. “Já houve profissional de RH chorando comigo em sua sala, confessando se sentir impotente e injustiçada tanto quanto nós, que recorríamos ao departamento em busca de ajuda”, explicou Salgado.
Segundo o BuzzFed News, tanto as Edições Globo Condé Nast, quanto Daniela Falcão foram procuradas para comentar as alegações. Os contatos foram feitos por e-mail, WhatsApp e telefone, e, após os primeiros contatos, a empresa pediu datas específicas das alegações dos ex-funcionários ouvidos pela reportagem, a fim de verificá-las.
As informações foram enviadas pela reportagem, mas o grupo não respondeu a nenhuma das alegações específicas de abuso. Em nota, a empresa afirmou apenas que não tolea comportamentos abusivos ou qualquer forma de assédio em suas equipes e que há um canal de Ouvidoria para o recebimento de denúncias e uma área de Compliance independente.
A empresa, porém, não negou nem confirmou as alegações de abuso e preferiu não responder a alegações específicas, já Daniela Falcão preferiu não se manifestar publicamente.
Quando vim para São Paulo, em dezembro de 1970, queria fazer pós-graduação na USP (o primeiro mestrado da América Latina só seria implantado em 1972) e minha pesquisa sobre jornalismo tinha como principal alvo o Jornal da Tarde. Como profissional da área e como professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, admirava à distância a edição inovadora do vespertino paulistano. Mal sabia eu que já em 1971 viria a trabalhar nessa redação. Murilo Felisberto (1939-2007), o editor-chefe, me recebeu e ao saber de meu interesse em incorporar o JT à minha pesquisa imediatamente me convidou para ler e comentar o jornal com os editores, diariamente.
Que desafio: de manhã, trabalhar no curso de Jornalismo da USP com o laboratório recém-criado, a Agência Universitária de Notícias; à tarde ler inteirinho o Jornal da Tarde, escrevendo à margem observações de conteúdo e estilo; à tardinha chegar ao centro e sentar com o grupo de criação do jornal, partilhar com eles minha leitura (crítica?). É aí que entra a presença forte de um líder de equipe, Laerte Fernandes. No meu trânsito profissional, não conheci um núcleo de prática e reflexão tão coeso como esse. E, entre os jornalistas que se dispunham a aperfeiçoar a edição do dia seguinte, lá estavam na reunião, de segunda a sexta-feira, Laerte, Fernando Mitre, Ivan Ângelo, entre outros. Durante dois anos, nesse ambiente em que recebiam com respeito uma iniciante da pesquisa, aprendi quanto o JT se diferenciava no mercado brasileiro.
Hoje, a perda de Laerte Fernandes − parceiro de profissão e amigo que até há pouco encontrava vez por outra num café da praça Buenos Aires, em Higienópolis − me faz desejar que essa preciosa herança permaneça viva na memória e na experiência dos jovens jornalistas do futuro.
Cremilda Medina
A colaboração desta semana é de Cremilda Medina, pesquisadora e professora titular sênior da Universidade de São Paulo, autora da edição inaugural da série Jornalistas&Cia Academia.
Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para [email protected].
Em reunião virtual realizada em 27/8, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) reelegeu Marcelo Rech (Grupo RBS) presidente da entidade para o biênio 2020-2022. No mesmo evento, foram definidas as composições da Diretoria, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal.
Em discurso, o presidente da ANJ destacou tópicos relevantes para o jornalismo nacional, como a necessidade de plataformas digitais pagarem veículos de notícias pelo uso de seus conteúdos, além do combate à desinformação, transparência durante o trabalho e defesa da liberdade de imprensa.
Além de Rech, integram a nova Diretoria os vice-presidentes Carlos Fernando Lindenberg Neto, o Café, da Rede Gazeta (ES); Maria Judith de Brito, da Folha de S.Paulo; Álvaro Augusto Teixeira da Costa, do Correio Braziliense; Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, da Gazeta do Povo; Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Junior, do Correio (BA); Francisco Mesquita Neto, de O Estado de S.Paulo; Jaime Câmara Júnior, de O Popular (GO); João Roberto Marinho, de O Globo; Luciana de Alcântara Dummar, de O Povo (CE); Mário Alberto de Paula Gusmão, do Jornal NH (RS); Sylvino de Godoy Neto, do Correio Popular (SP); e Walter de Mattos Junior, do Diário Lance! (RJ).
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou em 26/8, Dia Internacional da Igualdade Feminina, uma pesquisa sobre as condições de trabalho de jornalistas mulheres que são mães, durante a pandemia de coronavírus. A pesquisa, realizada entre 7 e 17 de agosto, foi respondida por 629 profissionais de todo o País. Os dados revelaram sobrecarga de trabalho na maioria das participantes.
Segundo o levantamento, cerca de 60% das mães jornalistas estão trabalhando de casa, e 63% dividem as tarefas de cuidar dos filhos com os maridos. Porém, quase 86% das entrevistadas sentem-se sobrecarregadas pelo trabalho durante a quarentena, por conciliarem atividades da profissão com tarefas domésticas.
Vale lembrar que a maioria das participantes (cerca de 83%) têm filhos que cursam até o 5º ano do Ensino Médio, desde bebês até crianças de 10 a 11 anos, em fase de intenso aprendizado.
Em pergunta aberta sobre a sobrecarga de trabalho, os relatos incluíram dificuldades de ajudar os filhos durante aulas remotas; de conciliar esta e outras responsabilidades com o trabalho jornalístico; cobranças por desempenho no teletrabalho sem qualquer tipo de empatia por parte de seus superiores; e a sensação de estarem o tempo todo tendo que se colocar à disposição para o trabalho.
A Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), em parceria com o movimento de transformação e renovação Brahma Kumaris, faz nesta terça-feira (1º/9), às 17h30, live sobre estabilidade em tempos de crise.
Carlos Henrique Carvalho, presidente-executivo da Abracom, e Vânia Bueno, fundadora da Anima Convivência, conversam com Ken O’Donnell, coordenador para a América do Sul da Brahma Kumaris. Ele vai falar sobre equilíbrio emocional, saúde mental e como aplicar técnicas de meditação no trabalho para combater o estresse.
A live será realizada na plataforma Microsoft Teams. Para receber o link gratuito de acesso, envie nome, cargo e empresa para [email protected].