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sábado, novembro 23, 2024

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Opinião: Para onde vai a comunicação corporativa?

* Por Rosangela Ribeiro

Rosangela Ribeiro

No mundo da comunicação, um dos mais frequentes comentários é a sua transformação. Desde os veículos de comunicação, passando pelas agências, até como consumimos informações. E o que mais contribuiu para esta revolução é a tecnologia digital.

Com a digitalização cada vez mais presente, a forma como fazemos comunicação vem mudando dia a dia. Novas ferramentas e plataformas começam a fazer parte das estratégias de comunicação, cada vez mais multidirecional. Conteúdos qualificados chegam para mais stakeholders, mais rapidamente, mais completos, mais assertivos, mais atraentes, fácil de manusear e transmitir.

Temos que entender o comportamento dos nossos públicos estratégicos, desenvolver conteúdos significativos para eles, identificar as melhores formas de encontrá-los, envolvê-los e, por último, medir os resultados dessa interação. Sem esquecer que as estratégias têm que levar em conta, cada vez mais, três itens de extrema importância: colaboração, interação e experiência.

Tão importante quanto produzir, é perceber que vários públicos podem ser impactados pelo mesmo conteúdo relevante, escolhendo canais diferentes para cada um deles. A tecnologia digital vem para agregar nesse sentido, com possibilidades mais amplas. Com diversos formatos e distribuições assertivas, conseguimos potencializar a comunicação de forma inteligente para os públicos de interesse, criando reputação positiva, disseminando confiança, credibilidade, conhecimento e propósito.

A utilização estratégica da tecnologia na comunicação trará resultados significativos para as marcas. O importante é escolher as mais adequadas entre as várias opções que o mundo digital oferece, para chegar e fazer a diferença para os seus públicos de interesse.

As pessoas, e em especial os brasileiros, estão cada vez mais conectadas. Num País com uma população de cerca de 210 milhões de habitantes, 139,1 milhões estão conectados à Internet e 130 milhões são usuários das redes sociais digitais, de acordo com números mais atualizados obtidos em várias fontes da Internet. O Facebook é a rede mais acessada mundialmente, com cerca de 2,23 bilhões de usuários; seguido pelo YouTube, com 1,9 bilhão de usuários; WhatsApp, 1,5 bilhão; Instagram, 1 bilhão; LinkedIn, 600 milhões; e Twitter, 335 milhões.

No Brasil, passamos cerca de 9,14 minutos por dia na Internet, sendo 89% via celular. Nosso país é o terceiro mais ativo no Facebook, perdendo apenas para Estados Unidos e Índia. Por aqui, são 130 milhões de brasileiros ativos no Facebook; 120 milhões no WhatsApp; 98 milhões no YouTube; 57 milhões no Instagram; 30 milhões no Twitter; e 29 milhões no LinkedIn. A grande presença dos brasileiros nas redes sociais mostra o caminho de oportunidade de comunicação para as marcas.

De acordo com um estudo realizado pelo Comunique-se e Tracto, Facebook e Twitter são redes em queda de usuários no Brasil. Já YouTube, Instagram e WhatsApp estão no pico. Enquanto LinkedIn e ferramentas/plataformas como webinar, podcast e ebook, em crescimento de uso. Segundo o mesmo estudo, os conceitos de distribuição de conteúdo mais em alta são os SEO e os content, influencer e inbound marketing.

Na estratégia de comunicação das marcas é importante entender quais conteúdos, ferramentas, plataformas e canais se conectam melhor com seus públicos. Alguns movimentos no mundo da comunicação se destacam como, por exemplo, o consumo de vídeos no Brasil. Considerados os reis do conteúdo, principalmente os curtos, os vídeos são cada vez mais usados para contar histórias e engajar o público de interesse. A previsão da Ofcom, agência reguladora de telecomunicações do Reino Unido, é que, em 2020, as pessoas passarão 84 minutos por dia assistindo a vídeos online. Os stories e as lives disputam a atenção dos consumidores, e ganham força a cada dia.

As gerações demandam mais por histórias reais. Com isso, o conceito storytelling conquista cada vez mais peso. A comunicação por voz é outro movimento que cresce sem precedentes. O uso dos podcasts aumenta, e eles se popularizam. Na plataforma da Apple, há aproximadamente 550 mil podcasts ativos em todo o mundo. Pelo menos uma vez por mês, 73 milhões de pessoas ouvem podcasts nos Estados Unidos.

Outro olhar importante é para o marketing de influência, que cresce fortemente no Brasil, principalmente nos micros, nanos e nichos de influenciadores. O consumidor brasileiro valoriza as recomendações individuais e buscam por mensagens autênticas e conversas transparentes.

O conteúdo será cada vez mais influente e inteligente, com a tecnologia ganhando cada vez mais importância. Conceitos como realidade virtual e aumentada e inteligência artificial estarão ainda mais presentes nas estratégias de comunicação. Os dados, com resultados reais e mensuráveis, que gerem retorno sobre investimento (ROI), são outra demanda crescente. O feeling somente não se justificará. Medir para fazer e o que for feito será mandatório.

Muitas mudanças ainda vêm pela frente, de maneira muito rápida e transformadora. A comunicação corporativa poderá ir para vários caminhos, e simultaneamente. Atenção redobrada e aprendizado constante.

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* Rosangela Ribeiro é sócia-diretora do Grupo Printer de Comunicação

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