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quinta-feira, novembro 21, 2024

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Patrícia Campos Mello é homenageada com o Maria Moors Cabot

Patrícia Campos Mello

A repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, está entre os jornalistas vencedores do Maria Moors Cabot 2020. Oferecido pela Universidade de Jornalismo de Columbia, a distinção é a mais antiga e uma das mais relevantes do mundo. Além dela, foram premiados neste ano o colombiano Ricardo Calderón Villegas e os norte-americanos Stephen Ferry e Carrie Kahn.

Em comunicado, a Universidade de Columbia justificou que “ao longo de sua premiada carreira, Campos Mello produziu de maneira consistente trabalhos excepcionais que tiveram grande impacto no Brasil, onde ela inspira outros jornalistas“.

“Honra imensa receber o prêmio Maria Moors Cabot da Columbia University”, destacou Patrícia sobre a premiação. “Recebo em nome dos jornalistas brasileiros, em especial as mulheres, que fazem seu trabalho, apesar da intimidação. Agradeço ao Sérgio Dávila e a todos da Folha, ao Paulo Sotero, à Abraji e ao Rosental Alves“.

O último brasileiro a receber a condecoração foi o diretor de Redação do Poder 360 Fernando Rodrigues, em 2018. Além dele, já foram homenageados profissionais como Carlos Castello Branco, Clóvis Rossi, Dorrit Harazim, José Hamilton Ribeiro, João Antonio Barros, Mauri König, Merval Pereira e Miriam Leitão.

Formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo, Patrícia é autora de Lua de Mel em Kobane (Companhia das Letras) e Índia – da miséria à potência (Editora Planeta). Foi correspondente em Washington, por O Estado de S. Paulo, e cobriu importantes eventos internacionais, como a guerra do Afeganistão, as eleições norte-americanas de 2008, 2012, 2016, os atentados de 11 de setembro de 2001, e foi a única repórter brasileira, em 2014 e 2015, a cobrir a epidemia de ebola em Serra Leoa.

Esteve diversas vezes em Síria, Iraque, Turquia, Líbia, Líbano e Quênia fazendo reportagens sobre os refugiados e a guerra, e idealizou o premiado projeto Mundo de Muros, especial multimídia sobre a crise das migrações feito em quatro continentes.

Recebeu em sua carreira importantes reconhecimentos, como o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), em 2019; os prêmios Rei de Espanha e Petrobras de Jornalismo, em 2018; e o Prêmio Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em 2017.

Ganhou destaque nacional em 2018 ao publicar reportagens sobre o financiamento de empresas a agências que realizavam disparos em massa por aplicativos de mensagens para beneficiar o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, prática vedada pela Legislação Eleitoral. Por seu trabalho, sofreu diversos ataques de Bolsonaro e de pessoas ligadas ao agora presidente.

(* Com informações do Poder 360)

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