A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (27/6) mandato de busca e apreensão contra o empresário Milton de Oliveira Júnior, por suspeita de financiamento dos atos golpistas de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

A ação faz parte da 13ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga justamente os supostos envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro. Milton é dono de uma rádio que foi afiliada da Jovem Pan em Itapetininga (SP), e declarou ao vivo, durante a programação da rádio, que teria contribuído para financiar os atos golpistas.

No programa, o empresário declarou que bancou financeiramente a viagem de golpistas a Brasília, e que tinha recibos que comprovavam suas doações. Ele também disse que não tem medo de ser preso por ter contribuído com os atos e chamou o governo do presidente Lula de “ilegítimo”.

Após as declarações, no final de abril, a Jovem Pan rompeu com a DPV Limitada, empresa que administrava a Jovem Pan Itapetininga. Em seu perfil no Facebook, Milton posicionou-se sobre o ocorrido, afirmando que respeita a Justiça e que jamais apoiou “qualquer ato que ataque à democracia”. Ele também mudou sua fala anterior, e disse que na verdade deu dinheiro a um amigo para sua alimentação durante a viagem de retorno de Brasília, em 20 de novembro de 2022.

Na Operação Lesa Pátria, a PF investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, e destruição, deterioração ou inutilização de bem protegido.

Com informações do g1.

MPF pede cancelamento de outorgas da Jovem Pan por desinformação e incentivo a atos antidemocráticos

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação pedindo o cancelamento de três outorgas de radiodifusão concedidas à Jovem Pan. A ação ocorre devido à grande quantidade de desinformação veiculada pela Jovem em sua programação ao longo de 2022, incluindo conteúdos que incentivavam ataques ao sistema eleitoral e à democracia. Para o MPF, as condutas praticadas pela Jovem Pan “violaram diretamente a Constituição e a legislação que trata do serviço público de transmissão em rádio e TV”.

Além do cancelamento das outorgas de rádio, o MPF pede que a Jovem Pan seja condenada a pagar uma indenização de R$ 13,4 milhões por danos morais coletivos, e que a Justiça Federal obrigue a rádio a veicular, ao menos 15 vezes por dia, durante quatro meses, inserções com mensagens sobre informações e a confiabilidade do processo eleitoral.

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