3.9 C
Nova Iorque
sexta-feira, novembro 22, 2024

Buy now

Polícia cumpre mandados contra funcionários da Prefeitura do Rio que atrapalhavam repórteres da Globo

Um dos “guardiões do Crivella” (à esquerda, de azul), interrompendo uma entrevista da TV Globo (Crédito: TV Globo / Reprodução)

A Polícia Civil iniciou nesta terça-feira (1º/9) a Operação Freedom, para cumprir oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a integrantes do grupo de WhatsApp Guardiões do Crivella, que reúne funcionários da Prefeitura do Rio de Janeiro cuja missão é atrapalhar o trabalho de repórteres da TV Globo.

Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o ML, que aparece nos grupos de WhatsApp dando ordens aos assessores, foi levado à delegacia junto com outras duas pessoas para prestar esclarecimentos. Foram apreendidos notebooks, celulares, dinheiro, cheques e contratos. Os “guardiões” estão sendo investigados pelos crimes de associação criminosa e atentado contra a segurança ou o funcionamento de serviços de utilidade pública.

Também nesta terça-feira, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou investigação sobre possível prática de crimes cometidos por funcionários da Prefeitura do Rio de Janeiro que atrapalhavam o trabalho de repórteres da TV Globo. Será avaliada a possibilidade dos crimes de associação criminosa, constrangimento ilegal, e conduta criminosa. A investigação ficará a cargo da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos.

Entenda o caso:

A TV Globo exibiu na segunda-feira (31/8) uma reportagem que registrou a ação de funcionários da Prefeitura do Rio de Janeiro em frente a hospitais municipais, que gritaram palavras ofensivas e atrapalharam a fala de entrevistados. Eles combinam e discutem as ações em três grupos de WhatsApp, sendo que um deles tem o nome de Guardiões do Crivella. Segundo a reportagem, feita por Paulo Renato Soares, Chinima Campos e André Maciel, o coordenador da operação é Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o ML, assessor do gabinete do prefeito do Rio Marcelo Crivella.

A reportagem diz que “ataques não acontecem por acaso. Ao contrário, são organizados. E acredite: pelo poder público. Os agressores são contratados da Prefeitura. (…) Funcionários públicos que têm a missão de tirar o direito das pessoas de se manifestar e se informar”.

Procurada pela Globo, a Prefeitura do Rio de Janeiro não negou a existência dos grupos e disse que “reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais para melhor informar a população e evitar riscos à saúde pública”.

Related Articles

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
22,043FãsCurtir
3,912SeguidoresSeguir
22,100InscritosInscrever

 

Últimas notícias

pt_BRPortuguese