Um policial militar apontou um fuzil para a repórter Danielle Zampollo, da equipe do Profissão Repórter, da TV Globo, enquanto ela fazia uma reportagem sobre a Operação Escudo na comunidade Prainha, em Guarujá (SP).

Durante o programa exibido em 15/8, Danielle revelou que havia acabado de chegar ao local quando notou a vinda de uma viatura do COI, da Polícia Militar. No vídeo gravado pela repórter, ela se apresenta como jornalista e questiona qual trabalho o policial realizaria, porém ele não responde.

A profissional permanece filmando a entrada dos policiais na comunidade, avisando que estava ali para registrar o trabalho deles, quando o policial apontou o fuzil para ela. Segundo o relato, o policial não usava nenhuma identificação na farda, o que é obrigatório.

“Quando ele começou a apontar o fuzil pra mim, e manteve a arma apontada, eu estranhei. Achei que estivesse acontecendo alguma coisa. Olho pra trás e não tem ninguém. Só eu, numa viela estreita. Aí que eu vi que era comigo. Ele ficou 17 segundos apontando o fuzil pra mim, sem parar”, relatou.

Ao perceber o perigo da ação, ela decidiu se esconder para se proteger: “Tinha uma casa em frente, me apresentei para o morador e pedi para ficar na porta dele, para sair da mira do policial. E esse mesmo policial que estava apontando o fuzil para mim decidiu me filmar. Pegou o celular dele e resolveu fazer um vídeo”, continuou.

Em entrevista a Caco Barcelos, o comandante geral da PM, Cássio Araújo de Freitas, afirmou que a postura cautelosa do policial se deve ao alto risco do local e que na ocasião o profissional não sabia da presença da jornalista.

O apresentador informou que ela havia se identificado e que o policial publicou na internet a filmagem dela, o comandante disse que até então não tinha recebido essas informações.

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