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quinta-feira, abril 24, 2025

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Redação faz assembleia em SP e quer garantias da empresa

Uma assembleia reunindo os 25 profissionais da redação do Brasil Econômico em São Paulo, realizada na tarde desta 4ª.feira (6/3), analisou as propostas da empresa, que abrangem demissões com o pagamento de todos os direitos ou mudança para o Rio de Janeiro, sem o acréscimo de 25% estabelecido em lei. Não participaram da assembleia os nove editores, que farão uma negociação à parte com a empresa. Também não estiveram representados os dois colaboradores do Rio de Janeiro e os outros dois de Brasília. Estima-se que a empresa reduzirá a atual redação em São Paulo para uma equipe com no máximo 15 pessoas, contra as atuais 34, considerando-se todos os jornalistas em atividade (editores, repórteres, diagramadores e fotógrafos). E especula-se que só ficarão profissionais de texto, já que a hipótese mais provável é que todas as outras áreas migrem para o Rio – arte, ilustração, produção gráfica etc. Do Rio de Janeiro, o publisher da Ejesa Ramiro Alves informou por telefone a um integrante da redação que a empresa não tem ainda um cronograma detalhado da mudança da redação para lá, mas a estimativa é de que esse movimento aconteça entre um e três meses.  Ele informou também que a Ejesa pediu uma lista com os nomes dos funcionários que voluntariamente aceitam mudar para o Rio de Janeiro e outra com os que querem ser demitidos. Aos primeiros, a empresa acena com uma semana de hotel e a manutenção do salário atual, sem nenhum acréscimo (o que contraria a lei, que obriga as empresas, no caso de transferência de domícilio, a pagar um adicional de 25% no salário). Aos demitidos, assume o compromisso de pagar todos os direitos legais da CLT, sem nenhum outro benefício adicional. Diante desta proposta, a redação decidiu paralisar o trabalho e discutir em assembleia que caminhos seguir. Debateram por cerca de duas horas e aprovaram o envio de uma carta à empresa em que solicitam maior clareza em relação ao cronograma de mudança e exigem por escrito garantias de que serão cumpridas todas as promessas. Também solicitam que a empresa seja mais clara sobre os núcleos que vai desativar em São Paulo e querem saber sobre o posicionamento oficial em relação ao adicional de 25% a que os trabalhadores têm direito em mudanças para outros estados. Há entre os profissionais desconfianças sobre o cumprimento do que diz a CLT, tendo em vista que há quatro meses o jornal passou a atrasar o recolhimento do FGTS, segundo disse fonte da redação a este Portal.  Isso também afeta e deixa ainda mais preocupados os PJs, que querem da empresa um aceno sobre o que ela pretende fazer em relação a eles. Outra situação mais do que desconfortável apontada pela redação é a decisão do jornal de cortar a condução para a produção de reportagens, o que tem levado os fotógrafos a permanecerem em casa e os profissionais de texto a limitarem suas entrevistas ao telefone. O estado de greve chegou a ser cogitado, mas a assembleia decidiu rejeitá-lo neste momento, optando por aguardar um posicionamento oficial da empresa até 6ª.feira (8/3), quando a redação fará uma nova assembleia para avaliar o quadro e tomar decisões. Na dependência do que vier do Rio, a greve pode voltar à pauta dos jornalistas.

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