A RedeTV informou a seus funcionários em 18/10 que iria cortar por volta de 30% dos salários, afetando jornalistas, radialistas, produtores e cinegrafistas, entre outros.
A justificativa da emissora, segundo a coluna TV e famosos do UOL, é a de que os 30% que serão cortados não são considerados parte dos salários, mas horas extras que vem sendo pagas há décadas, o que justificaria a medida. Além disso, influenciaram na decisão a queda de merchandising e de publicidade, e a menor locação de horários para igrejas.
Segundo a legislação, os jornalistas recebem por cinco horas e mais duas, que são consideradas “extras”. Estas duas horas serão cortadas, segundo apurou o UOL. O clima na emissora é de “perplexidade e revolta”. Muitos estão endividados e chefes de redação não sabem se e quando poderão produzir reportagens, devido ao corte no tempo de trabalho da equipe.
Em comunicado ao portal, a RedeTV afirmou que “está readequando as horas extras com o objetivo de equalizar o orçamento à atual realidade do mercado, que encontra-se em retração, de modo a reduzir o impacto no quadro de colaboradores da emissora”.
Jornalistas e radialistas uniram-se em assembleia nessa segunda-feira (21/10), para protestar contra o anúncio de redução salarial da emissora, exigindo a anulação da medida. Por convocação dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas de São Paulo, as categorias realizaram nova assembleia na tarde dessa terça-feira (22/10), na sede da RedeTV, e aprovaram o estado de greve.
Nesta quarta, porém, a emissora distribuiu nota aos funcionários informando que, “após profunda reflexão, decidiu reavaliar a questão da suspensão de horas extras, retirando sua determinação. Esclarece, porém, que continuará buscando alternativas visando sua necessária reestruturação financeira, essencial para adequação”.