O repórter Gerson de Souza, da Record TV, foi denunciado ao Ministério Público Federal por importunação sexual a quatro jornalistas da emissora. A acusação foi protocolada em 3/8, e se ele for considerado culpado pode pegar até cinco anos de prisão. As quatro vítimas trabalhavam no programa Domingo Espetacular e, segundo funcionários da Record, duas foram demitidas.
Uma fonte contou à revista Claudia que a denúncia ocorreu após 12 mulheres procurarem o Departamento de Recursos Humanos da Record em 2019, contando que haviam sido assediadas sexualmente pelo repórter: “Tudo começou quando uma delas decidiu denunciar. Posteriormente, o RH da emissora fez um chamamento às mulheres da redação e perguntou se havia acontecido algo envolvendo Gerson de Souza, e cada uma fez seu relato”.
Segundo a denúncia feita ao Ministério Público, as investigações concluíram que Gerson, “por diversas vezes e de forma continuada, importunava as vítimas com palavras maliciosas, comentários de conotação sexual, gestos obscenos e toques lascivos e não consentidos, com elas mantendo contato físico inoportuno, constrangendo-as em local de trabalho”.
Desde o ano passado, Gerson está afastado da emissora, mas segue recebendo salário. Em junho de 2019, ele afirmou que, “no momento, posso apenas dizer que o que está sendo dito sobre mim não é verdade e que confio no trabalho da polícia para esclarecer os fatos”.
À reportagem de Claudia, a fonte contou que as vítimas foram muito prejudicadas no local de trabalho, ridicularizadas e chamadas de mentirosas por amigos de Gerson: “Elas viveram um inferno lá dentro. Tiveram sua moral atacada, suas capacidades emocionais atacadas e vidas pessoais afetadas por uma denúncia. Todas que foram ao RH e posteriormente à polícia, tiveram suas dinâmicas de trabalho totalmente afetadas”.
A fonte também contou que Gerson era conhecido por atitudes inapropriadas, que seus amigos classificam como “brincadeiras”. Pessoas que foram depor em favor dele utilizaram o mesmo argumento.