Reportagem publicada nesta terça-feira (6/7) por Ricardo Feltrin, no canal Splash (UOL), afirmou que o governo federal pretende lançar nas próximas semanas um novo canal de TV.
A plataforma seria dedicada à educação e principalmente às teleaulas e, apesar de ainda não ter um nome definido, vem sendo chamada nos bastidores jocosamente de TV Olavo. Isso porque boa parte de sua programação será dedicada a conteúdo 100% pró-governo, conservador e cristão, fornecido, em boa parte, por seguidores do guru bolsonarista Olavo de Carvalho.
Segundo Feltrin, o projeto estaria sendo feito a toque de caixa pela EBC. A estimativa inicial é que ele possa custar entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões anuais, verba que sairá do Ministério da Educação (MEC). Por meio de sua assessoria, o MEC confirmou à coluna o plano de lançamento do novo canal, mas negou que será gasto o montante mecionado, sem no entanto informar os valores.
O novo canal funcionará como uma subdivisão do sinal da TV Brasil, uma vez que a implantação do sistema digital e do HD permitiu os canais de tevê abertos serem subdivididos em até quatro diferentes canais. Esse tipo de estratégia já tem sido adotado por algumas emissoras, e, embora ainda não esteja devidamente regulamentada em lei, a prática não é considerada ilegal.
A reportagem destacou ainda que, enquanto investe pesado no novo canal, o governo federal ainda mantém um calote milionário na TV Escola, cujo contrato foi rescindido unilateralmente pelo ex-ministro Abraham Weintraub, em 2019.
“É mais uma quebra de palavra e descumprimento de promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro”, lembrou o colunista. “Em 2018 ele prometeu acabar com a ‘mamata’ e com a TV Brasil – apontada como um cabide empregos petista. Hoje virou um ‘cabide’ de militares, filhos de militares e outros apaniguados bolsonaristas”.