* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro
O repórter fotográfico Ronaldo Theobald morreu em 3/7, aos 91 anos. Velório e sepultamento ocorreram, no dia seguinte, no cemitério do Caju.
Theobald nasceu em Petrópolis, na Região Serrana, e morava na cidade do Rio desde a juventude. Trabalhou no Jornal do Brasil, no Estadão e nos Diários Associados. Cobriu a Copa do Mundo de 1970, no México, e a despedida de Pelé do New York Cosmos, nos Estados Unidos. Foi também diretor do Sindicato dos Jornalistas.
Nos áureos tempos do JB, recebeu, em 1977, o Prêmio Esso na categoria Fotojornalismo, com a imagem intitulada Deus de calção e chuteira, um dos maiores registros da história do Vasco da Gama e do jogador Roberto Dinamite. No Centro de Memória do Vasco, uma visita guiada tem início com a imersão virtual do visitante na foto histórica.
Em entrevista ao site do Vasco, Theobald contou sua experiência: “Fui escalado pelo JB para cobrir o jogo entre Vasco e Portuguesa na Ilha do Governador. Quando a equipe do Vasco saiu do vestiário para o campo, os torcedores se comprimiam junto ao gradil e estendiam as mãos para tocar seus ídolos. (…) Fiquei imaginando como registrar aquilo. No intervalo da partida, me deitei, discretamente, no chão do túnel e, à medida que os jogadores retornavam para o segundo tempo ia dando meus cliques. Meu alvo era Roberto Dinamite, o ídolo maior. Quando disparei a câmera, sabia que ali estava a mais bela foto da minha vida”.