
Silvio Santos, dono do SBT, vetou no sábado (23/5) a exibição do SBT Brasil após reclamações do governo federal em relação à edição da sexta-feira (22/5), que abordou o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. No lugar do telejornal, foi ao ar uma reprise do programa de entretenimento Triturando. No domingo (24/5), a emissora exibiu apenas sete minutos do vídeo da reunião, sem cortar os palavrões ditos. O vídeo foi ao ar sem qualquer aviso prévio, por volta das 19h20, após o Programa da Eliana. Depois do compacto da reunião, entrou no ar o Roda a Roda.
A atitude ganhou enorme repercussão negativa. Segundo o colunista Ricardo Feltrin (UOL), afiliadas do SBT mostraram-se irritadas com a decisão do dono da emissora. Em nota, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) repudiou a atitude, classificando-a como “censura”. A entidade reiterou que o SBT, “apesar de ser um grupo privado, opera um canal de televisão que é uma concessão pública e, portanto, está sujeito ao cumprimento de obrigações legais muito claras”. O FNDC destacou também que a decisão desrespeitou a lei, que diz que “nenhuma autoridade poderá impedir ou embaraçar a liberdade da radiodifusão”.
Fábio Faria, deputado federal pelo PSD e genro de Silvio Santos, defendeu o dono da emissora, escrevendo em suas redes sociais que “jamais houve reclamação do governo sobre a divulgação do famoso vídeo no SBT” e que Silvio Santos “jamais aceitaria qualquer tipo de interferência”.
Silvio Santos esta atrapalhando, o bom andamento do jornalismo honesto, aceitando corte da matéria