O Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) repudiou ataques e assédio eleitoral aos jornalistas da RICtv, afiliada da Record no Paraná. Tal assédio teria resultado na demissão de Carol Romanini, apresentadora da emissora em Londrina, na terça-feira (13/9).

Segundo o sindicato, a demissão ocorreu após pressão do deputado federal Filipe Barros, declaradamente bolsonarista. Ele utilizou como pretexto uma confusão envolvendo a torcida Falange Azul, do Londrina Esporte Clube, e integrantes de seu comitê de campanha, no último sábado (10/09). O “crime” da jornalista foi estar próxima à confusão, disse o Sindijor Norte PR.

Vale lembrar, porém, que em 12/9, um dia antes de sua demissão, Romanini apresentou o Hora da Venenosa, quadro do Balanço Geral Londrina, vestindo uma roupa vermelha. A emissora havia proibido o uso de vestimentas das cores vermelha e bordô por repórteres e apresentadores, “cores a que atribui associação com a candidatura do ex-presidente Lula”, declarou o Sindijor Norte PR.

“O dono do Grupo RIC no Paraná, Leonardo Petrelli Neto, aliado de Barros, tem engajamento notório na campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro. E histórico de assédio eleitoral”, diz a nota do sindicato. “Felipe Barros, o deputado bolsonarista, possui influência direta sobre a linha editorial do Grupo RIC. E essa influência levou à demissão da jornalista. Em um evidente abuso de autoridade e assédio eleitoral contra os trabalhadores”.

Ao Na Telinha, do UOL, Romanini contou que está sofrendo perseguições e ameaças desde a demissão. Os ataques envolvem também seus familiares, incluindo a filha de 16 anos. A jornalista disse que fez boletins de ocorrência contra os ataques e contra a exposição causada pelo deputado Filipe Barros.

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