O Spotify anunciou a criação de um conselho consultivo de segurança contra discursos de ódio, fake news e extremismo na plataforma. O conselho, formado por 18 pessoas, incluindo um brasileiro, tem o objetivo de debater produtos e medidas para evitar a desinformação na rede.
Por ser um conselho consultivo, o Spotify pode ou não aceitar as recomendações. Entre os integrantes, está Ronaldo Lemos, fundador e cientista-chefe do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio). Sobre o projeto, ele comentou que “há representantes de peso de várias áreas e fico ciente da responsabilidade de pensar o Brasil e América Latina em contexto global”.
A iniciativa foi motivada por uma polêmica ocorrida no começo do ano entre o podcaster Joe Rogan e o músico Neil Young. O roqueiro pediu ao Spotify que retirasse suas músicas e promoveu um boicote à plataforma enquanto o comediante continuasse com seu conteúdo veiculado. Rogan havia viralizado com teorias da conspiração sobre a pandemia de Covid-19.
Além do músico, diversos médicos entraram com uma ação judicial pedindo que o Spotify impedisse que Rogan promovesse “várias falsidades sobre as vacinas contra a Covid-19”, que estariam criando “um problema sociológico de proporções devastadoras”.