O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou os nomes dos jornalistas que foram supostamente espionados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A divulgação ocorreu após nova fase da Operação Última Milha, que investiga justamente a atuação ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro.

Segundo as investigações da Polícia Federal, a lista de profissionais de imprensa espionados inclui Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo; Vera Magalhães, colunista do jornal O Globo; Luiza Alves Bandeira, do Digital Forensic Research Lab (DFRLab), ligado ao Atlantic Council; e Pedro Cesar Batista, do Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima. Também foram alvos de espionagem ministros do STF como Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Dias Toffoli e parlamentares como Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e seu antecessor, Rodrigo Maia.

A divulgação dos nomes ocorre cerca de cinco meses após pedidos serem protocolados, em fevereiro deste ano, por entidades defensoras da liberdade de imprensa que solicitavam justamente que as investigações revelassem os nomes dos profissionais ilegalmente espionados. Os pedidos foram de entidades como o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

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