Também estão de funções novas Giuliana Cury, Denis Russo e Maurício Barros Foi apenas o tempo de uma gestação. Nove meses depois de assumir o comando da Playboy, em sua terceira passagem pela Abril, Thales Guaracy deixou a revista e, novamente, a editora nesta 2ª.feira (16/12). Segundo Portal dos Jornalistas apurou, a saída se deu por divergências com o diretor-adjunto de Segmentadas Dimas Mietto. Sérgio Xavier, diretor do núcleo Rodale – que engloba as revistas Men’s Health, Women’s Health e Runner’s World – assume a direção de Playboy. Thales havia voltado à Abril em março, para substituir a Edson Aran, que pilotara a revista por sete anos. Antes, esteve por duas vezes em Veja (editor de Brasil e repórter especial), foi editor-executivo do Grupo Exame e depois diretor de Redação de Vip por seis anos. Em seguida foi para a Camelot, como diretor Editorial. Antes da Abril, passou por Gazeta Mercantil e Estadão. Também escritor, tem 11 livros publicados, coordenou o projeto Autores e Ideias, de debates ao vivo com escritores no auditório da Livraria Saraiva do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, em parceria com a Livraria da Vila, e em 2009 assumiu a Direção Editorial da Saraiva. Sérgio entrou na Abril em 1995, como editor da Placar, da qual quatro anos depois se tornou diretor de Redação. Em 2012, passou a responder pela direção do núcleo Motor, Esporte e Turismo e, posteriormente, pelo núcleo Rodale. Além de Playboy, continua responsável pela Redação da Men’s Health. No comunicado interno sobre as mudanças, Mietto informou que, em função dessa movimentação, Giuliana Cury, desde 2012 redatora-chefe da Women’s Health, passa a responder diretamente a ele e também assume Vida Simples e Bons Fluídos, até então sob a responsabilidade de Denis Russo (que continua à frente de Superinteressante); e que Maurício Barros assume a Redação da Runner’s World, mas permanece como diretor de Redação da Placar e, assim como Giuliana, passa a reportar-se a ele, Dimas. Maurício está desde 2005 na Abril e já teve, em 2008, uma passagem pela Runner’s, quando atuou como editor e redator-chefe da revista. “Saída era apenas questão de tempo” “Agora vou voltar a fazer livros”, disse Thales Guaracy ao Portal dos Jornalistas. “Tenho dois projetos de livros de reportagem sobre o Brasil, para os quais ainda preciso de editor. E vou criar projetos de comunicação para empresas que envolvam diversas plataformas de mídia na minha empresa, a Comunicom. Torço para que a Playboy permaneça como uma revista respeitável, inclusive na sua matéria principal, e que na internet possa recuperar os anos perdidos para a pirataria”. Ele contou que havia sido convidado para dirigir a Playboy por Roberto Civita. Porém, quando assumiu, Roberto estava hospitalizado e em seguida veio a falecer, de modo que nunca chegaram a trabalhar juntos no projeto para a revista. Sem Civita, as condições para fazer Playboy teriam mudado rapidamente e por isso considerava sua saída apenas uma questão de tempo. “Nesse período acho que conseguimos coisas boas. Em sete meses, o número de likes da Playboy no facebook subiu de 250 mil para 1,4 milhão. A edição com Antonia Fontenelle foi a mais vendida em mais de um ano e a de Nanda Costa, a mais vendida desde Adriane Galisteu, em agosto de 2011. Um excelente resultado, a meu ver, num mercado declinante. Acima de tudo a revista voltou a ter repercussão e pôde restabelecer uma certa qualidade editorial, tanto nos ensaios como no jornalismo. Pelo menos, foi o propósito. Saio satisfeito com o que foi feito, incluindo a criação de uma plataforma nova na internet, que ainda deve ser lançada, na qual Playboy terá parte de seu conteúdo fechado para assinantes, de maneira a poder fazer receita na internet e crescer onde o mercado está crescendo, além de desestimular a pirataria na rede”.