A TV Brasil e a Agência Brasil (EBC) censuraram reportagens sobre o assassinato do petista Marcelo Aluizio de Arruda durante sua festa de aniversário em Foz do Iguaçu. Os veículos omitiram o fato de que o assassino, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, é bolsonarista. E trataram o ocorrido, em que Guaranho chegou a gritar “aqui é Bolsonaro”, com música alta em alusão ao presidente, de “desentendimento”, seguido de uma “troca de tiros”.
Em nota, o movimento Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública repudiou a censura: “O resultado, triste e revoltante, é constatar que a EBC, agindo assim, mentindo de forma descarada para o público, fere a democracia e perpetua um tipo de violência política que a sociedade brasileira quer ver extirpada”.
A Frente citou também os responsáveis pelo Jornalismo na EBC, que promovem “sistemática prática de censura e promoção do governo Bolsonaro”: a diretora Sirlei Batista, que comanda a empresa; Oussama El Ghaouri e Paulo Leite, na TV Brasil; Luciano Seixas e Gabriela Mendes, no Radiojornalismo; e Juliana Andrade e Bruna Sanielle, na Agência Brasil.
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